A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na quarta-feira (29), a Operação Deméter para cumprir mandados de busca e apreensão contra Driele da Silva Teixeira, funcionária pública suspeita de desviar recursos do vale-alimentação de servidores da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo.
A pasta e a Controladoria Geral do Estado (CGE) receberam denúncias internas e avisaram a Polícia Civil. Driele pode ser uma das líderes do esquema. Mais de R$ 41 mil podem ter sido desviados, e o primeiro caso de peculato teria ocorrido em 2021.
Os mandados foram cumpridos em imóveis no Largo do Arouche, na região central de São Paulo, e na Estrada das Lágrimas, no Sacomã, na Zona Sul. Além disso, a casa da Driele também foi alvo de busca e apreensão.
Segundo a Polícia Civil, diversos cartões de alimentação foram apreendidos. A polícia também pediu o afastamento da servidora pública e a quebra do sigilo telemático dela.
O g1 tentou contato com Driele da Silva pelas redes sociais, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
O que dizem a secretaria e a CGE
A Secretaria da Educação (Seduc) e a Controladoria Geral do Estado (CGE) informaram ter atuado em conjunto na apuração de uma denúncia de irregularidades no gerenciamento do vale-alimentação dos servidores da pasta.
"A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informa que a funcionária desempenhava a função de assessora técnica na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) desde outubro de 2013. A partir de 2020, passou a cuidar exclusivamente do Vale Alimentação. A funcionária foi afastada do cargo e o processo de exoneração está em andamento".Ainda conforme a pasta, após constatar o uso indevido do benefício, a Seduc encaminhou os dados à CGE.